Por Revista Crescer
“Desde a chegada do irmão, minha filha chora por tudo e faz birra. Já tentamos conversar com ela sobre o assunto, mas não adiantou. O que eu faço?”
JULIANA TORQUATO, MÃE DE CLARA, 3 ANOS,E LUCCA, 1
Fotos: Arquivo Pessoal e Reprodução
PALAVRA DA ESPECIALISTA
Viva a harmonia da casa
Com a chegada de um irmão, é esperado que o filho mais velho tenha ciúmes por não ser mais o centro das atenções. Portanto, é natural que sua filha verbalizou demonstre isso de alguma forma. Nesse momento, o papel do pai é acolher a primogênita, enquanto você dedica mais tempo ao menor, muito em função da amamentação. Perde-se por um lado, mas ganha-se por outro: a pequena terá mais autonomia e tempo com outros membros da família, por exemplo.
Além disso, os pais precisam entender que amor e ódio são faces da mesma moeda, e mesmo que haja momentos de muita raiva, logo haverá os de grande carinho. Comparações e ciúmes existirão pelo resto da vida. O importante é demonstrar afeto e tentar administrar os conflitos sempre com diálogos positivos como, por exemplo, dizer que ela será sempre a mais velha e terá um irmão para quem ensinará muitas coisas. Também não esqueça de incluí-la nas tarefas da casa e nos cuidados com o bebê, para que se sinta importante e fazendo parte de todo o processo. Os pais não devem se culpar ou amenizar a experiência, que é natural, nem bajular a criança para evitar que sinta ciúmes. Uma postura livre de culpa e cheia de empatia fará com que sua filha se adapte rápido à nova configuração familiar.
VERA ZIMMERMANN, PSICANALISTA E ESPECIALISTA EM TERAPÊUTICAS DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (SP)
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